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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Livro da Semana - Matisse Recortes


Sempre gostei muito de arte, adoro ir em exposições e observar pinturas e esculturas principalmente, mas o que me interessa não é só apreciar esteticamente uma obra, gosto de saber sobre a vida do artista. 

Quem ele é, o que gosta de fazer, como é a sua família, seu círculo de amizades. Acho que isso ajuda a entender quais as suas inspirações e de que forma a arte se estruturou em sua vida.

Henri Matisse foi um pintor e escultor francês, contemporâneo de Picasso (apesar de ser bem mais velho). Havia uma rivalidade/amizade entre eles, e um inspirou o outro. Os dois eram geniais e marcaram o movimento artístico de sua época, até os dias atuais.

Esse livro conta um pouco sobre Matisse, mas um Matisse já idoso, que estava muito doente, preso a uma cadeira de rodas e afastado da arte. A velhice parecia ter sido bem cruel com ele que não tinha mais forças para pintar ou esculpir, entretanto, Matisse resolveu se superar e começou a recortar papéis coloridos com guache.


Polinésia, o céu, 1946. Guaches recortados, 200 x 314 cm


























Ele então criou um processo totalmente original, que não pode ser enquadrado em nenhuma categoria na arte (não é  cubismo, não é abstracionismo, nem mesmo é dadaísmo), e ainda assim pode ser considerado uma continuação de suas obras, na fase do Fauvismo.

Os recortes de Matisse podem ser comparados com uma escultura, ele moldava o papel com suas tesouras, e fazia grandes composições, de dois a três metros de altura e largura. As obras resultantes desse processo são belíssimas.

Matisse diante do vitral de "Árvore da Vida" na Capela do Rosário, 1949, 515 x 252 cm. 
















Matisse construiu a Capela do Rosário, na França, já no fim de sua vida, e algumas das obras dessa sua última fase podem ser apreciadas nos vitrais da capela. 


A Tristeza do Rei, 1952. Guaches recortados, 292 x 396 cm.



A tristeza do Rei, é uma das minhas obras preferidas, e foi também a última realizada por Matisse. De acordo com Néret, autor do livro, representa o Rei, vestido de negro, rodeado de tudo que ama (o violão, a bailarina), para dar o seu último adeus.


O Periquito e a Sereia, 1952. Guaches recortados, 337 cm x 773 cm.
É um livro pequeno, bem simples de ler e resume bem o processo artístico de Matisse, além de ter belíssimas fotos de algumas de suas obras.

Para quem gosta de arte, tem curiosidade de aprender um pouco mais, ou apenas quer apreciar belas pinturas, esse é um livro muito interessante.
Quem já leu?

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